Djodje no Coliseu de Lisboa
13 - mar. - 17
Foi com um sorriso estampado no rosto que Djodje recebeu o público que marcou presença no concerto de 11 de Março, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
A reportagem fotográfica do concerto em Lisboa.
Bandeiras de Cabo Verde e muitas – mas mesmo muitas – pessoas com a camisola Djodje, literalmente vestida. Um Coliseu esgotadíssimo e cheio de boas energias para receber o artista, na sua estreia nesta mítica sala de espectáculos. Até o Ministro da Cultura de Cabo Verde marcou presença nesta noite, demonstrando assim a relevância do músico para o panorama musical do país que o viu nascer.
O aquecimento para esta noite foi proporcionado por um DJ, a quem se juntou Josslyn. A cantora trouxe energia e bons ritmos para um Coliseu algo inquieto e expectante para receber Djodje. Josslyn trouxe consigo alguns temas que fazem parte do álbum que tem o seu nome e que foi produzido pelo artista da noite.
Pouco passava das 22h quando as luzes do palco se apagaram e o público começou a gritar pelo seu ídolo. A banda subiu ao palco e o corpo de bailarinos também. A entrada de Djodje não fez com que a intensidade dos gritos diminuísse; pelo contrário. Vestido de preto, com óculos de sol, Djodje assumiu uma presença descontraída e, sobretudo, muito feliz. Distribuiu sorrisos e perante uma sala cheia, repetiu várias vezes a expressão “’tá bonito”.
Nascido em 1989 na cidade da Praia, filho de músicos, Djodje é filho de peixe e sabe nadar. O seu percurso como músico e produtor é invejável. Inegável é a sua capacidade de comunicar com os fãs, que o acompanharam nas letras, do princípio ao fim do concerto – mesmo no momento do medley acústico em que Djodje os desafiou: “Vamos ver quem se lembra destas músicas”. Antes desse momento, já tinham desfilado grandes êxitos pelo palco: Vai embora, o tema de abertura, Close your eyes , Namora comigo, Louca, Poderosa e um dos temas mais conhecidos do cantor, Txukinha.
Houve vários momentos de festa e de celebração – mas temos que destacar a presença de Ferro Gaita em palco, para acompanhar Djodje no tema Um segundo. E em segundos a sala estava rendida ao funana. Toda a gente saltou e acompanhou a energia deste duo que é uma referência incontornável na música cabo-verdiana: em 2007 recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo governo de Cabo Verde.
Djodje recebeu vários convidados em palco: Ricky Boy, Dynamo, Nelson Freitas, Mika Mendes e Loony Johnson. Todos eles são nomes conhecidos do público português, que desde há alguns anos para cá tem acolhido, abraçado e dançado ao som destes artistas. Quem frequenta as noites de kizomba, tão frequentes, um pouco por todo o país, sabe bem do que falamos.
A noite terminou com o tema Não vai – e Djodje foi, mas voltou para o encore. La ki nos é bom foi o tema que encerrou a noite, com todos os convidados em palco. Este tema celebra precisamente a vontade e alegria de viver do povo cabo-verdiano, que sabe fazer a festa. E se houve festa!
Em Abril teremos outra oportunidade para ouvir Djodje, no Caparica Primavera Surf Fest.
Redatora: Joana Rita
Fotógrafo: Francisco Morais