Entrevista com a organização do Festival Forte
02 - ago. - 17
O Castelo de Montemor-o-Velho volta a ser palco dos melhores DJs da atualidade. 24, 25 e 26 de agosto, são dias para dançar entre as muralhas.
Festival Forte
O Festival FORTE alia a música aos efeitos visuais.
Podem explicar um pouco sobre este conceito inovador?
Há quatro anos que este festival tem vindo a agitar o mundo da música eletrónica, no Castelo de Montemor-o-Velho, pela presença de uma grande variedade de ícones da música eletrónica, num alinhamento composto pelos mais marcantes espetáculos da atualidade. Desafia a exploração de cenários imersivos, compostos por sistemas generativos num local único e invulgar para um festival. Para a edição de 2017 pode esperar-se uma experiência 360º, em órbita, num constante diálogo entre o espaço e o público.
A que públicos se destina este festival?
Há muitos estrangeiros que vêm de propósito a Montemor-o-Velho nestes dias?
Destina-se a todos os públicos a partir dos 16 anos. Desde 2015, o festival tem-se destacado no panorama europeu dos festivais de música, pela qualidade da programação que apresenta. Em 2016, Montemor-o-Velho foi o destino de mais de 26 nacionalidades diferentes, representando 70% de público estrangeiro.
Qual é o impacto deste festival na região?
É grande o impacto ao nível turístico e socio-económico. A equipa de montagem do Festival FORTE instala-se na vila com um mês de antecedência. Durante os 3 dias do festival, todas as unidades hoteleiras da vila e arredores esgotam, assim como as unidades de turismo rural e alojamento local. O “Camping is Love” é, por isso, uma boa alternativa, existindo também campismo glamping para os mais exigentes. O comércio local também é afetado, pelo que a equipa de produção do festival apela aos comerciantes para reforçarem os stocks habituais.
Que bandas destacam no Festival FORTE 2017?
O espetáculo de abertura será uma das raras apresentações mundiais de “Medusa’s Bed” de Lydia Lunch, Mia Zabelka e Zahra Mani. “Medusa’s Bed” é uma reminiscência de um conto de mistério e suspense, que será narrado em “spoken word”. Jeff Mills é a figura mais importante de toda a cultura de música de dança. Nascido em 1963, foi elemento fundador do coletivo Underground Resistance, e o seu génio veio a revelar-se em plenitude ao exibir a sua técnica ao serviço do gira-discos. Jamie Roberts é Blawan, que se destaca por sonoridades explosivas, fortes percussões e mudanças de estilo inesperadas. Dasha Rush é uma das mais mediáticas DJs femininas do panorama atual. E, finalmente, o americano DVS1 e o espanhol Oscar Mulero, duas figuras representativas da eletrónica mais obscura, regressam ao castelo em 2017.
Irina Sales Grade,
Equipa de produção do Festival FORTE