ENTREVISTA COM A ORGANIZAÇÃO DO FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO
30 - jun. - 17
Em sintonia com o planeta!
O Festival Músicas do Mundo é uma mistura de sonoridades sem fronteiras, para escutar e sentir entre 21 e 29 de julho, de Sines a Porto Covo.
Festival Músicas do Mundo
De que vêm à procura aqueles que vos visitam?
De uma experiência de música ao vivo, alternativa à oferta mais frequente no circuito de festivais de verão. Algum desse público vem a Sines para ver artistas específicos que já conhece, certamente, mas a maioria vem com o intuito de descobrir música nova. Quem visita o FMM traz consigo essa postura e permite que a programação seja feita com grande liberdade.
Começaram com 7000 espectadores e sete artistas em 1999, e chegaram aos 90 mil visitantes e aos 47 artistas em 2016. Como explicam este fenómeno de crescimento?
O crescimento do festival tem sido orgânico. Todos os anos o público se renova, mas há um núcleo duro de espectadores que nos acompanha há muitas edições, e que são os nossos embaixadores e o nosso veículo de promoção mais precioso. Ao longo de quase de 20 anos, essa rede de amigos não tem parado de crescer e o festival tem atingido níveis de público surpreendentes para um evento com o nosso conceito de programação.
Como é que conseguem gerir a afluência de público aos diferentes espaços onde o evento decorre?
A gestão da afluência de público é um desafio, sobretudo no espaço do Castelo, o palco mais antigo e mais icónico do festival, que tem limitações naturais por ser um monumento histórico. Nas últimas edições, com o apoio da BOL, temos conseguido agilizar as entradas e melhorar o controlo da lotação do espaço.
O que mudou desde 1999 até aos dias de hoje?
Alargámos o número de palcos, ganhámos uma extensão na aldeia de Porto Covo, enriquecemos a oferta de concertos, reforçámos a programação de iniciativas paralelas e melhorámos aspetos logísticos.
Dos concertos já confirmados na edição deste ano, quais os que merecem destaque?
Temos sentido por parte do público grande curiosidade por alguns concertos em específico, como o músico africano de reggae Tiken Jah Fakoly, a orquestra cubana do músico camaronês Richard Bona, a estreia em Portugal da parceria entre Fatoumata Diawara e Hindi Zahra e o regresso da grande diva maliana Oumou Sangaré, com um novo disco.
Nuno Mascarenhas
Presidente da Câmara Municipal de Sines e Diretor do Festival